Pesquisa científico-empreendedora do PPgCTI está entre os 100 melhores projetos do Programa MCTI SOFTEX

Escrito por: Francisca Pires | Publicado em: 7 de agosto de 2020

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações – MCTI- selecionou, na semana passada, 100 empresas que serão contempladas com consultorias e mentorias com profissionais de renome. Dentro dessa gama, uma parte receberá um aporte financeiro para acelerar o desenvolvimento dos projetos. A pesquisa científico-empreendedora do mestrando do Programa de Pós-graduação em Ciência, Tecnologia e Inovação – PPgCTI, Cássio Leandro de Queiroz Rodrigues, intitulada ‘Faceponto’, conquistou lugar entre as iniciativas escolhidas.

O projeto consiste na formulação de um sistema de gerenciamento e controle de jornada de trabalho, com uso de inteligência artificial, possibilitando a incorporação de Business Intelligence no dia a dia. Para conseguir tal feito, coletam-se dados triviais das empresas para geração de relatórios palpáveis em tempo real e, consequentemente, deixar as relações empregado/empregador ainda mais transparentes. O projeto também objetiva melhorar a compreensão estratégica do empreendedor, tornando-o mais competitivo no mercado.

Cássio conta que, por ser advogado, observou nas salas de audiência uma questão recorrente nos pedidos trabalhistas, que é a gestão de jornada de trabalho. A partir dessa problemática, surgiu a ideia de se aliar ao seu sócio Aquiles Medeiros Filgueira Burlamaqui, que é consultor técnico, para assim desenvolverem juntos o software. Aquiles também é docente da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e orientador do mestrando no PPgCTI.

“Sempre fui engajado com frentes de inovação e empreendedorismo, iniciando como advogado, e desaguando na linha atual do Faceponto” afirma Cássio Leandro. 

Cássio Leandro e seu sócio Aquiles Burlamaqui participando de uma roda de investimento em São Paulo.

Sobre as dificuldades de empreender, o mestrando afirma que, de fato, pensar em inovação no contexto do Rio Grande do Norte é bem complicado, sendo a implementação e criação de perspectivas mercadológicas responsáveis por demandar mais de tempo. Cássio conta ainda que o PPgCTI contribuiu nesse sentido, uma vez que tornou possível a realização de um bom networking. A Incubadora de Processos Acadêmicos, Científicos e Tecnológicos Aplicados – inPACTA  – incubadora de empresas da Escola de Ciências e Tecnologia -, por sua vez, possibilitou algumas reuniões iniciais para ideação. Além disso, vale ressaltar que é na incubadora da ECT que a proposta de valor das pesquisas científico-empreendedoras dos mestrandos do PPgCTI é validada, por meio do Estágio Gestor – atividade obrigatória na formação do Mestre em Ciência, Tecnologia e Inovação da UFRN-. 

“Estar entre as 100 empresas escolhidas pelo programa  me deixou orgulhoso, mas estar entre empresas de renome que eu já conhecia e mostrar que existe inovação no Rio Grande do Norte,  estando entre os 18 melhores projetos em fase de scale up, me deixou ainda mais” comemora Cássio. 

Segundo o advogado, o Programa MCTI SOFTEX trará para eles mais autoridade na área, assim como a possibilidade de receber mentorias relevantes e, talvez, uma aceleração com monetização. Quanto à pesquisa, novas funcionalidades estão sendo desenvolvidas e, com o início das atividades do edital, será possível compreender melhor como seguirá esse processo interno. 

A conquista é apenas mais uma na lista do PPgCTI. Projetos voltados à inovação e ao cenário empreendedor no geral, têm, cada vez mais, composto o cenário do  Programa de Pós-Graduação em Ciência, Tecnologia e Inovação da UFRN e, consequentemente, rendido bons frutos aos mestrandos que são frequentemente premiados.

Um exemplo recente que pode ser citado foi a aprovação- no mês passado- de três mestrandos do PPgCTI no edital do PROGRAMA DE ACELERAÇÃO DO SEBRAELAB NATAL/RN – NEGÓCIOS INOVADORES DE IMPACTO SOCIOAMBIENTAL. A premiação em questão era voltada a iniciativas que desenvolvem negócios de impacto social de base tecnológica ou digital. 

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